Friday, June 09, 2006

 
Numa crônica de 1958, Rubem Braga conta que andou lendo livros sobre pavões, e neles descobriu que "aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas". E conclui, encantado: "Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade".

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